Emissoras do Nordeste afirmam ter divulgado corretamente todo o material de propaganda eleitoral das candidaturas do presidente e de Lula.

Cinco das oito rádios do Nordeste citadas pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) negaram a acusação de ter deixado de divulgar o conteúdo da propaganda eleitoral do presidente e candidato à reeleição, informa o Estadão.

A emissora Extremo Sul, de Itamaraju (BA), disse que foram divulgadas 15 inserções a mais para o petista em razão de falha no software que gerencia a grade de veiculação de conteúdo. A rádio alegou ainda que a campanha de Bolsonaro atrasou a entrega das peças publicitárias.

As rádios Povo de Poções e Rádio de Feira de Santana (BA), do mesmo grupo, disseram ter recebido e veiculado todo o material das coligações que disputam o segundo turno conforme determinação da Justiça Eleitoral, “sem erros ou omissões”.

A Rádio Integração FM, de Surubim (PE), disse que seu levantamento diverge do da campanha do PL e citou como exemplo uma inserção que, segundo a sigla, deveria ter sido veiculada às 7h05 do dia 10 de outubro. A emissora afirmou que, nesse momento, estava transmitindo o horário eleitoral gratuito.

A Rádio Bispa, do Recife (PE), divulgou nota negando não ter veiculado as inserções e afirmando que a frequência que aparece no relatório da campanha de Bolsonaro não é sua.

E a Rádio Viva Voz, de Várzea da Roça (BA), afirma ter recebido as inserções da campanha de Lula em 6 de outubro e as de Bolsonaro só quatro dias depois, em 10 de outubro.

Como publicamos, a campanha de Bolsonaro apresentou ao TSE uma auditoria de mídia que, segundo seus responsáveis, comprova a ausência de inserções da propaganda do presidente e o excesso de inserções favoráveis a Lula (PT).

No documento, os advogados do presidente citam oito emissoras da Bahia que teriam divulgado 730 inserções a mais da campanha do petista, o que comprovaria desequilíbrio na disputa.

Na noite desta quarta (26), Alexandre de Moraes, o presidente da corte eleitoral (foto), rejeitou a investigação do suposto boicote, ordenando inclusão do caso no inquérito das milícias digitais e apuração sobre se houve uso do fundão para a contratação da auditoria. Bolsonaro vai recorrer.